Montanha de Ausangate 
Montanha de Ausangate: Um Sagrado Portal Espiritual no Peru

No coração dos Andes peruanos, ergue-se majestosa e imponente a montanha de Ausangate, cuja presença transcende as alturas físicas e toca as dimensões da espiritualidade. Para os nativos da região, especialmente os povos quechuas, Ausangate não é apenas uma formação geológica; é uma deidade viva, um símbolo de conexão com o divino e de reverência à natureza. Sua história é tecida em lendas, rituais e práticas que perpetuam a sabedoria ancestral.

A tradição oral que envolve Ausangate é rica e variada. Conta-se que há muito tempo, a montanha foi alimentada pela energia do sol e da lua, recebendo bênçãos dos astros que iluminam o céu andino. Os quechuas acreditam que Ausangate é uma das principais apus — espíritos protetores das montanhas — e que sua energia vital flui por todo o Vale Sagrado.

As lendas falam também sobre a criação do mundo. Nelas, Ausangate é frequentemente mencionada como um pilar de sustentação da Terra, um guardião que observa os acontecimentos humanos e se compadece das dores e alegrias do povo. As comunidades locais realizam cerimônias em sua homenagem, agradecendo pelas colheitas fartas e pedindo proteção em tempos difíceis.Ausangate é um poderoso símbolo de espiritualidade, cultura e natureza interconectadas. Para os povos quechuas, ela representa muito mais do que uma mera formação geológica; é um ser vivo que respira e pulsa ao ritmo da vida. Nesta montanha sagrada, encontramos ensinamentos que nos convidam a olhar para dentro de nós mesmos, a reconhecer nossas próprias lutas e a celebrar nossas vitórias. Em tempos de incertezas e desafios, a mensagem de Ausangate ecoa como um chamado à reconexão com a Terra e com nosso verdadeiro eu. Assim, ao contemplar sua grandeza, somos convidados a lembrar que somos todos parte de algo maior — um sagrado portal que nos liga ao universo, à espiritualidade e à eternidade.

26 de julho

Iremos para Pacchanta, uma comunidade do Povo Qeros abaixo de Ausangate e a tarde faremos uma cerimonia na kiva(cova) dos ancestros. Dormiremos na comunidade. 

27 de julho

Após o café da manhã visita com um guia nativo ao conjunto de lagoas que compõem esse magnifico Apus Sagrado  que é alimentado pelo degelo da imensa montanha nevada de Ausangate,   (cujo cume atinge 6.384 metros acima do nível do mar. Teremos  um circuito de 7 lagoas que são: a lagoa Pucacocha, a lagoa Patacocha, a lagoa Alqacocha, a lagoa Qomercocha, a lagoa Orco, a lagoa Otorongo e a lagoa Azul Cocha. A caminhada pode ser feita com cavalos oferecido pela comunidade. A tarde é momento de recarregar as energias nas águas termais de Ausangate.

28 de julho

Sairemos pela manhã e pousaremos em Cusco

Iremos para a majestosa cidade de Saqsayhuamán, localizada nas alturas dos Andes peruanos, encontra-se um caminho ancestral que ecoa os sussurros do passado: o Caminho Inca. Este trajeto sagrado, construído pelos antigos habitantes Incas, é mais do que uma simples rota física - é uma jornada espiritual que conecta o Homem à natureza, ao divino e à própria essência da vida.  No crepúsculo, quando o sol se põe atrás das montanhas e o mundo se mergulha na penumbra, o Caminho Inca em Saqsayhuamán ganha vida de uma forma mágica e misteriosa. Sombras dançam entre as pedras e vozes antigas sussurram palavras de sabedoria, lembrando a todos os que passam por ali que somos parte de algo muito maior do que podemos imaginar.

Assim, o Caminho Inca em Saqsayhuamán não é apenas uma trilha física entre os picos andinos, mas sim um portal para o sagrado, um convite para aqueles que buscam se conectar com o infinito e com a essência divina que habita em cada ser vivo. Nesta jornada espiritual, o tempo se dilui e as fronteiras entre o passado, o presente e o futuro se tornam permeáveis, revelando a eternidade que se esconde por trás da ilusão da realidade material.a comunidade de Sacsayhuaman. Pousaremos na comunidade de Sacsahuaman.

Há muitos séculos, nas águas sagradas do Lago Titicaca, um povo misterioso e enigmático conhecido como os Uros construiu suas casas flutuantes feitas de totora, uma planta aquática abundante na região. Os Uros vivem em perfeita harmonia com a natureza, respeitando todos os seres vivos que habitam aquele local sagrado.

Para os Uros, o Lago Titicaca não é apenas uma fonte de sustento, mas sim um lugar de profundo significado espiritual. Acreditam que as águas do lago possuem poderes curativos e que os ventos que sopram sobre sua superfície carregam mensagens dos antepassados.

Em suas casas flutuantes, os Uros realizam cerimônias e rituais para homenagear os espíritos da natureza, agradecendo pela abundância e pedindo proteção para sua comunidade. Cada gesto, cada palavra pronunciada é carregada de reverência e devoção aos elementos que os cercam.

Os Uros possuem uma sabedoria ancestral que lhes permite compreender a conexão entre todas as coisas e valorizar a simplicidade da vida. Para eles, a espiritualidade está presente em cada momento do dia a dia, desde o nascer do sol até o cair da noite, quando as estrelas brilham intensamente no céu.

Assim, os Uros seguem vivendo em harmonia com o Lago Titicaca, nutrindo seus corações com a energia da natureza e perpetuando uma tradição que os mantém unidos e fortalecidos. Suas histórias e ensinamentos são como ondas suaves que embalam a alma e nos lembram da importância de honrar o sagrado que habita em nós e ao nosso redor. ​

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